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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2005 Emilie Rose Cunnigham

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Doloroso segredo, n.º 765 - Dezembro 2015

Título original: Condition of Marriage

Publicado originalmente por Silhouette® Books.

Publicado em português em 2007

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7507-4

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Wine Country Courier

Prólogo

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Capítulo Dez

Epílogo

Se gostou deste livro…

Wine Country Courier

 

Crónica Social

 

GASTROENTERITE OU ENJOOS DE GRAVIDEZ?

 

Ultimamente, Mercedes Ashton foi vista em várias ocasiões a entrar o mais rápido possível na casa de banho mais próxima… e provavelmente não para se esconder dos jornalistas. Há quem diga que poderia estar grávida e agora, curiosamente, acaba de contrair noivado. Com quem? Não com o seu ex-namorado Craig, mas sim com Jared Maxwell, íntimo amigo da jovem há anos. De quem será o bebé?

E o compromisso repentino? Passaram de amigos a amantes? Não que seja impossível, mas parece suspeito… ou quanto muito, oportuno. Seria muito romântico que após tanto tempo se tivessem enamorado perdidamente um do outro, mas as más-línguas dizem que o casamento será meramente de conveniência.

Enfim, analisando-o de um modo frívolo, a família precisava de algo com que se esquecer um pouco do imbróglio resultante do assassinato de Spencer Ashton. Por falar nele… algum dia saberemos cometeu esse assassinato?

Prólogo

 

Mesmo depois da criada ter anunciado o visitante e saído da biblioteca, Spencer Ashton permaneceu sentado de costas para a porta no seu cadeirão de couro.

Estava a dar tempo ao fazendeiro inútil com quem a sua ex-mulher casara para que visse o que implicava ter dinheiro e poder. Claro que duvidava que alguém como Lucas Sheppard soubesse apreciar o valor dos quadros pendurados nas paredes, nem das primeiras edições, luxuosamente encadernadas, que adornavam as estantes.

– Podes ignorar-me tanto quanto queiras, Ashton, não tenho intenção de ir a lado nenhum.

Canalha arrogante… Spencer girou a cadeira mas não se pôs de pé.

– O que queres, Sheppard? Vais admitir por fim que os poucos hectares que a mãe de Caroline lhe deixou, não dão para viver? Afinal, talvez até estejas a considerar vender-me as terras? Se é assim, acho que deverias saber que a minha oferta será inferior porque perdi o interesse nelas.

Sheppard encarou-o sem titubear.

– Não vamos vender-te as terras. Vim falar-te das crianças.

Filho de uma cadela… Queria tirar-lhe mais dinheiro com os ranhosos de Caroline como pretexto.

– Amo Eli, Cole, Mercedes e Jillian como se fossem meus filhos… e quero adoptá-los.

Spencer apertou a mandíbula e sentiu a ira correr pelas veias, tal como uma chispa por um rasto de pólvora. Embora aqueles ranhosos não tivessem sido mais do que um fardo para ele, eram seus; ele os engendrara e nunca renunciava a nada que lhe pertencesse a menos que tivesse uma boa razão para o fazer, e tornar a sua ex-mulher e Sheppard felizes não era.

– Só por cima do meu cadáver.

– Ashton, não vês os teus filhos desde que os abandonaste há três anos; precisam de um pai.

Spencer riu.

– Para terem um Zé-ninguém como pai, é melhor que não tenham nenhum.

Sheppard soprou e os seus olhos relampejaram.

– És um arrogante, filho de…

– O meu tempo é precioso, Sheppard, e estás a fazer-me perdê-lo. Volta para a Caroline e diz-lhe que esses ranhosos me pertencem e que não vou renunciar a eles.

– Nesse caso, o mínimo que podes fazer é ir vê-los de vez em quando.

Spencer pôs-se de pé lentamente, apoiou os punhos sobre a escrivaninha e inclinou-se para diante com um olhar ameaçador.

– Não me chateeis, Sheppard, caso contrário processo-te para obter a custódia das crianças e a Caroline não voltará a vê-las.

Era um bluff, pois não fazia a mais mínima intenção de levar a cabo tal ameaça e cuidar das crianças, mas um homem astuto sabia que tinha que correr riscos. O pai de Caroline ensinara-o, e tinha acabado por lhe ganhar no seu próprio jogo. Não só conseguira herdar todas as suas propriedades e a empresa, como também se desfizera da sua filha e dos ranhosos chorões.

– Não terias a menor possibilidade de ganhar a custódia – disse-lhe Sheppard. – Tiraste à Caroline quase tudo o que tinha quando te divorciaste dela e não voltaste a preocupar-te com as crianças.

– Ah, mas um julgamento pode arrastar-se tanto tempo… além disso os honorários dos advogados estão pela hora da morte e, como sabes, posso dar-me ao luxo de ter os melhores. Tenho a certeza que detestarias que a tua adorada Caroline tivesse que vender As Vinhas para poder pagar um advogado. Achas que a minha ex-mulher continuaria a amar-te se o teu capricho de adoptar os meus filhos a levasse a perder o pouco que lhe resta?

O dardo envenenado acertou em cheio no alvo, enchendo Spencer de satisfação ao ver como se turvavam as feições de Sheppard.

– És um filho de uma cadela desnaturado, Ashton – resmungou antes de sair da biblioteca.

Spencer voltou a sentar-se no cadeirão, apoiou os cotovelos, entrelaçou os dedos e sorriu.

– Nem tu sabes… mas saberás, Sheppard, em breve saberás – murmurou para si.