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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2008 Melissa Martinez McClone

© 2015 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Tempo de magia, n.º 1189 - Dezembro 2015

Título original: Rescued by the Magic of Christmas

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2009

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7520-3

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Jake Porter comprovou se tinha tudo na mochila com movimentos mecânicos e hábeis e com um objectivo em mente. Levava o saco-cama, um detector de avalanches, uma pá e uma sonda.

Os seus dois amigos estavam perdidos em algum lugar Mount Hood, no meio de uma das piores tempestades de sempre. Jake e os outros iam subir para os procurar.

Tinha tudo pronto. Agora chegava a pior parte: esperar.

Outros membros da unidade de resgate estavam sentados no café do albergue Wy’East, comprovando também os seus equipamentos com expressões sérias e falando em voz baixa. Alguns repórteres ensonados faziam entrevistas informais enquanto bebiam café e vários fotógrafos tiravam fotografias dos preparativos.

Os flashes davam à cena um aspecto pálido e funesto, em consonância com o mau humor de Jake e o estado do tempo. No exterior, a visibilidade era quase nula. O vento uivava a setenta quilómetros por hora e a temperatura nesse momento rondava os dez graus negativos. A ameaça de gelo e o enorme perigo de avalanche classificavam a expedição a zonas mais altas como muito arriscada. Jake colaborava como voluntário na Unidade de Busca e Salvamento de Oregon Mountain há cinco anos e nunca sentira tanta impaciência por enfrentar a montanha como naquele momento.

Ele não era o único. Cada membro da equipa de resgate respondera à chamada de alerta. Só esperavam que lhes dessem luz verde para sair e subir a montanha.

Ouviu-se um transmissor quando alguém pediu equipamento adicional. Jake ajustou a correia da pá, tentando ignorar a preocupação que sentia. Estava cada vez mais nervoso. Os seus amigos já deviam ter descido a montanha. Onde diabos estariam?

Iain Garfield era um dos montanhistas mais experientes de toda a costa noroeste do Pacífico. Só tinha vinte e três anos, contudo, já tinha uma boa reputação, recebera ajuda de inúmeros patrocinadores e aparecera nas capas de muitas revistas com as fotografias das suas primeiras subidas a diferentes picos do mundo. Era capaz de escalar o Reid Headwall sozinho e até com os olhos fechados.

Fora acompanhado por Nick Bishop, o melhor amigo de Jake desde a infância, que conhecia a montanha melhor do que qualquer outro membro da unidade. Quando estudavam juntos, uma vez, Nick fizera a rota da montanha de noite e chegara às aulas na manhã seguinte para fazer um exame. Depois de se ter casado e ser pai, deixara de ser tão temerário como antes. Nick sabia que não se podia desafiar a montanha, porque a montanha nunca perdia. Precisamente por isso, e ao ver que se adivinhava mau tempo, Iain e Nick tinham abandonado a ideia de seguir pela rota mais perigosa.

Ouviu novamente os transmissores de rádio quando uma voz pediu a hora estimada de chegada num veículo para a neve. Já estava na hora. Porém, o que Jake queria na verdade era que os seus amigos entrassem no café com uma boa história para contar.

Virou-se para olhar para a porta, no entanto, só viu os dois chefes da equipa de salvamento que falavam em voz baixa.

Bolas! Jake sentiu um aperto no peito. Nick e ele tinham crescido juntos, tinham aprendido a escalar juntos e tinham entrado na unidade de resgate juntos. Tinham feito tudo juntos, ou quase tudo…

Jake engoliu em seco. Nick e Iain tinham decidido escalar a montanha para celebrar o iminente casamento de Iain com a irmã mais nova de Nick, Carly. Contudo, Jake não quisera ir, pensando que assistir ao casamento já seria o suficiente. Escalar com eles teria sido como pôr sal na ferida. Não sabia se fora o instinto que lhe dissera para não ir com eles ou se o fizera por puro egoísmo.

Sean Hughes, um dos chefes da unidade, aproximou-se de Jake e de outros membros experientes, Bill Paulson e Tim Moreno, para falar com eles.

– O plano é o seguinte. O risco de avalanche é elevado e as condições climáticas não são favoráveis. Vamos de mota até ao topo do Palmer. Quando chegarmos lá, a unidade de apoio quer um relatório completo das circunstâncias da missão para decidir se paramos por ali ou se é possível iniciar a busca.

Jake ficou tenso. No topo do Palmer, havia um edifício onde poderiam aquecer-se, reagrupar-se e esperar que o tempo melhorasse. Porém, ali sentados não conseguiriam nada.

Subiu o fecho do casaco.

– Nick não ficaria de braços cruzados se um de nós estivesse lá em cima.

– Nós também não o vamos fazer; não vamos esperar – Sean desceu a voz para que ninguém conseguisse ouvi-lo. – Quando lá chegarmos, daremos o relatório e depois continuaremos a subir até os encontrarmos.

Jake pôs a mochila ao ombro.

– Claro que sim.

Os outros dois assentiram, embora a segurança da unidade fosse o mais importante em qualquer missão. Porém, quando se tratava de alguém conhecido, o nível de risco era visto de forma diferente.

– Vamos – disse Sean.

Jake saiu do café com Sean. Tim e Bill iam atrás. Os repórteres acompanharam-nos, tirando fotografias. Os flashes pareciam relâmpagos enquanto abriam caminho através do vento forte e da escuridão até à mota. A bruma gelada embaciava os óculos de Jake e estava tanto frio que até era difícil respirar. No topo devia ser um inferno e Jake perguntou-se o que poderia ter acontecido aos seus amigos.

Se calhar, estavam feridos, ou não tinham rede ou talvez tivessem ficado sem bateria…

– Jacob.

Aquela voz de mulher foi como um bálsamo para Jake. Era uma voz suave, quente e perfeita, uma voz que lhe recordou que o coração de Carly Bishop era de Iain. No entanto, nada o impedia de se virar para admirar a bela jovem.

Embora um gorro verde cobrisse o seu lindo cabelo loiro, embora tivesse a cara corada do frio e os olhos irritados e inchados de ter chorado, para Jake, foi a melhor coisa que viu nessa manhã.

– Carly.

Reparou que um fotógrafo os observava. Qualquer jornalista quereria uma entrevista em exclusivo com a noiva e irmã dos montanhistas perdidos.

– Entra. Está demasiado frio.

Enfiou as mãos nos bolsos do seu casaco castanho, que, na verdade, era de Iain.

– Deve estar mais frio na montanha – disse ela.

– Vamos encontrá-los.

Ela respirou fundo.

– Disseram… Disseram que iam esperar até que as condições meteorológicas melhorassem.

– As condições são suficientemente boas para nós.

– Muitíssimo obrigada – tinha os olhos brilhantes de lágrimas. – Não fazes ideia do que isto significa para mim e para a minha família.

Jake sabia. Era mais unido aos Bishop do que aos seus próprios pais. Por essa razão e por outras, deixara de ver Carly como outra coisa que não fosse a irmã mais nova do seu melhor amigo. A diferença de idades também fora importante. No presente já não se notava, pois ela tinha vinte e dois anos e ele tinha vinte e seis anos, contudo, na adolescência, a diferença fora mais óbvia.

No entanto, nesse momento, Carly parecia mais jovem do que nunca. Jake queria dizer alguma coisa que a consolasse, no entanto, nem sabia por onde começar.

– Sei que as condições são más e entendo a dificuldade desta missão, mas, por favor, Jacob, peço-te que faças o que puderes… Por favor… – a emoção impediu que continuasse a falar. – Amanhã…

No dia seguinte era véspera de Natal, o dia do seu casamento com Iain.

Jake tinha o convite do casamento na porta do frigorífico da sua casa e o presente na árvore de Natal.

Carly não parava de chorar e sentiu um aperto no coração ao vê-la assim.

– Prometo-te, Carly.

Limpou-lhe as lágrimas com uma mão, porém, não se atreveu a dizer mais nada.

– Vou encontrar Nick e Iain. Hoje.

Porque, se não o fizesse, não pensava descer.