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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 1999 Carole Mortimer

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Seduzidos pelo amor, n.º 1502 - Janeiro 2016

Título original: A Yuletide Seduction

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2002

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Dreamstime.com

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7702-3

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

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Capítulo 1

 

O dourado fosco e envelhecido da aliança, cúmplice do seu passado infeliz, apagava-se ainda mais com o brilho radiante dos últimos raios de sol daquela tarde.

Enquanto tirava o pequeno aro do dedo esquerdo, sentia o metal quente a queimar a mão. Não houve nenhuma resistência. Ela emagrecera muito desde a primeira vez que colocara aquela aliança no dedo e várias vezes nos últimos meses por pouco não a perdera, tamanha era a facilidade com que escorregava do seu dedo delgado.

Precisava de se livrar daquele fardo. Poderia ter feito isso semanas, meses antes, mas a sua atenção estivera concentrada noutras coisas. Ficara esquecida, abandonada ali, no seu dedo. A única lembrança material que sobrara do trágico final do seu casamento. E desfazer-se dela seria como libertar-se de lembranças dolorosas.

Os seus dedos envolveram a aliança com força e, enquanto a seguravam, ela podia sentir as suas unhas a enterrarem-se na pele, causando-lhe dor.

Ainda estava viva. Tudo tinha desmoronado ao seu redor, mas ela continuava viva. A única realidade que restara do que, agora, lhe parecia ter sido um sonho.

Ela e a aliança.

A pequena joia pesava na palma da sua mão. Era o peso de lembranças amargas e tristes, o peso da traição. Ele estava morto agora… assim como o seu casamento de sonho.

Oh, meu Deus, não! Ela não queria voltar a chorar. Nunca mais, nunca!

Apressou-se a enxugar as lágrimas indesejadas, como se, com aquele simples gesto, conseguisse também arrancar do seu coração a tristeza e a dor.

Com um movimento brusco, atirou a aliança para o mais longe que conseguiu. Acompanhou a trajetória do aro minúsculo no ar, registando-a como em câmara lenta. Finalmente, viu-o mergulhar nas águas calmas do rio que corria a poucos metros dali e pôs-se a imaginá-lo a descer lentamente até ao fundo lodoso, onde jazeria por toda a eternidade.

Finalmente tudo estava acabado. Estava livre… para sempre… livre como nunca fora antes.

Mas… o que faria com aquela liberdade?

Capítulo 2

 

– Peguem nas chávenas e…

O barulho de louça a partir-se no chão sobressaltou Jane, que dava as instruções da noite às suas ajudantes. Ao virar-se, viu uma das delicadas chávenas de café de porcelana chinesa partida em pedacinhos. As duas jovens que se encontravam com ela na cozinha apressaram-se a curvar-se diante dos cacos.

– Oh, Jane, lamento muito! – lamentou-se Paula. – Não sei como é que isto aconteceu. Eu vou pagar, é claro. Eu…

– Não te preocupes com isso. Levem as chávenas para a sala e deixem o resto por minha conta. Rosemary, leva o café, enquanto termino de apanhar estes cacos – disse, tocando levemente no braço de Paula para a tranquilizar.

As duas mulheres saíram da cozinha ampla e bem equipada para servir o café aos Warner e aos seus seis convidados para o jantar daquela noite.

Nos últimos dois anos, desde que começara a organizar e preparar jantares para famílias abastadas e influentes, Jane contratava auxiliares para a ajudarem, e Paula e Rosemary eram as mais eficientes que já tivera. Apesar disso, era comum acabar assim, agachada no chão, a fazer o serviço pesado. «Algumas coisas nunca mudam!», pensou bem-humorada.

– Minha querida Jane, tenho…

Felicity Warner entrou na cozinha e parou, assustada, ao ver Jane baixada no chão atrás da mesa.

– Meu Deus! O que aconteceu?

Jane levantou-se, desconcertada, segurando os cacos de porcelana.

– Um pequeno acidente. Irei reembolsá-la, Felicity, não se preocupe.

– Nem pense nisso, por favor! Depois desta noite, espero poder comprar vários serviços de jantar novos e deitar fora essa coisa velha!

Com a elegância natural de uma mulher da sua posição social, Felicity desfilava pela cozinha, à vontade no vestido preto justo, que lhe favorecia o corpo esbelto, balançando os longos cabelos ruivos, mostrando-se indiferente ao pequeno incidente. Uma intensa felicidade iluminava o seu rosto.

– O que acharam do jantar? – perguntou Jane educadamente, enquanto se desfazia da chávena partida.

– Foi um tremendo sucesso! Os seus pratos são mágicos, minha querida, mágicos! Ainda não foi nada definido, é claro, mas Gabe quer conversar com Richard no seu escritório amanhã, logo pela manhã. Será a nossa grande oportunidade. E estou certa de que foi o seu maravilhoso jantar que amoleceu o coração de pedra dele e o fez dar-nos outra oportunidade! – cochichou, como se confessasse um segredo.

Richard Warner era proprietário de uma grande empresa de computadores que estava à beira da falência. O tal Gabe comprá-la-ia por um preço inferior ao que valia, para depois a vender por um valor muito superior ao que pagara.

Para Jane, o homem parecia ser um aproveitador. Não era o tipo de homem com quem gostaria de negociar. Mas os Warner, aparentemente, não tinham muitas escolhas.

– Fico muito feliz por vocês.

– Bem, deixe-me voltar para a sala, senão as visitas virão até aqui procurar-me. Eu estava tão ansiosa para lhe contar as novidades, que não consegui esperar. Conversaremos mais depois, querida!

Jane sorriu, aliviada, ao ver Felicity a sair da cozinha e voltou a atenção para os pratos de sobremesa que descansavam dentro do lava-louças.

– Realmente, espetacular! – a voz de Felicity soou no corredor, poucos minutos depois. – Não sei porque é que ainda não abriu o seu próprio restaurante. Não há dúvida de que seria um grande sucesso!

A voz dela tornava-se mais alta à medida que se aproximava da cozinha.

– Jane, um dos nossos convidados fez questão de a conhecer pessoalmente. Achou a sua comida maravilhosa!

Não houve, naquele instante, nenhum aviso, nenhum sinal para Jane de que, dali a poucos segundos, a sua vida virar-se-ia outra vez de pernas para o ar, pela segunda vez em três anos.

Antes de se virar para receber os elogios, ela pousou calmamente o pano com que secava as mãos, depois sorriu. A imagem de Felicity, em pé ao seu lado, acompanhada de um dos seus convidados, congelou-a.

Não! Não podia ser ele! Não suportaria aquilo. Não depois de todo o esforço que fizera para esquecer o passado, para se reerguer, para…

– Jane, este é Gabriel Vaughan – Felicity sorria enquanto os apresentava, alheia ao tumulto interior de Jane. – Gabriel, esta é a nossa maravilhosa Jane Smith!

Então, o tal Gabe, de quem Felicity tanto falara durante a tarde inteira, era Gabriel Vaughan? Gabriel?

Sim, era ele mesmo. Como poderia esquecer aquele rosto? Estava mais velho, claro, porém ainda mantinha aquelas feições duras e glaciais, como se o seu rosto fosse esculpido em pedra, apesar de, naquele momento, estar a sorrir para ela.

Sim, ele estava a sorrir… Aquilo significava que… não a reconhecera!

– Jane Smith – Gabriel repetiu o seu nome num tom de voz baixo e doce.

Ele devia ter trinta e nove anos, agora. Os cabelos pretos realçavam os contornos firmes e angulosos do seu rosto. Tinha os lábios bem desenhados e um nariz reto, aristocrático. O único traço suave naquela fisionomia arrogante eram os olhos azuis, profundos e misteriosos.

– Posso chamar-lhe Jane?

A sua intuição não falhara. Felicity estava a ser precipitada ao comemorar.

– Claro – respondeu, com frieza, sufocando o desejo de gritar, de revelar para quem quisesse ouvir quem era realmente aquele homem e toda a destruição que um dia causara na sua vida.

– O seu marido é um homem de muita sorte, Jane.

– Não sou casada.

Ele estudou-a por alguns segundos.

– Bem, devo confessar que, apesar de saber que isso é a tristeza de algum pobre homem, me entusiasma imaginar que também seja a alegria de todos os outros!

– Querido! – provocou-o Felicity. – Não seja tão galanteador! Assim deixará Jane embaraçada!

– Estará, principalmente, a perder o seu tempo – respondeu Jane sem pensar.

Gabriel Vaughan continuou a sorrir por alguns segundos.

– Nunca perco o meu tempo.

Começava a ser difícil manter-se indiferente diante daquele homem. Jane sentiu que começava a tremer e um estranho calafrio percorreu a sua espinha.

– Querido, vamos deixar Jane em paz e voltar para a sala para um último cálice de licor – disse Felicity, sorrindo. – Jane ainda tem muito que fazer.

Até àquele fatídico reencontro, Jane tinha a certeza de que tinha superado e esquecido o passado e todas as más lembranças que durante tanto tempo a atormentaram, mas agora sentia-se desprotegida, como num daqueles longos pesadelos que a assombraram durante anos, onde Gabriel a perseguia de maneira incansável e obstinada.

Finalmente, Gabriel deu um passo à frente e estendeu a mão, dirigindo-lhe um sorriso sedutor e ao mesmo tempo irónico, um sorriso que iluminava ainda mais os seus olhos azuis.

– Foi um enorme prazer conhecê-la, Jane Smith – murmurou enquanto se despedia com um firme aperto de mão. – Talvez nos vejamos outra vez…

– Quem sabe – repetiu Jane, baixando a cabeça para esconder o seu pavor.

Nos últimos três anos, ela gerira todos os seus projetos e negócios sem que o seu caminho se cruzasse com o dele uma única vez e tinha a certeza de que, se quisesse, conseguiria evitar que isso se repetisse. Gabriel Vaughan passava a maior parte do tempo nos Estados Unidos, a sua terra natal, e só ia a Inglaterra de vez em quando, em busca de novas aventuras. Tinha de escapar das garras dele!

– Devo permanecer em Inglaterra mais algum tempo ainda – informou ele, como se pudesse ler os pensamentos de Jane. – Aluguei um apartamento durante três meses… Não me sinto muito à vontade em hotéis.

Jane percebeu que precisava de se sentar imediatamente. As suas pernas ameaçavam não continuar a sustê-la mais e a sua cabeça começava a rodar. Sorriu e então virou-se abruptamente para o lava-louças, com a esperança de que Felicity o levasse de volta para a sala.

Para seu imenso alívio, foi o que aconteceu. Jane girou o corpo vagarosamente, procurando uma das cadeiras de mogno que rodeavam a requintada mesa da cozinha.

Gabriel Vaughan permanecera poucos minutos ali à sua frente, mas parecera-lhe uma eternidade.

– Ena, viram que homem lindo? – comentou Rosemary, entrando na cozinha seguida por Paula, sem perceber a expressão alarmada no rosto de Jane.

Lindo? Talvez até fosse. Mas ela tinha inúmeras razões para o temer. E era exatamente assim que se sentia naquele instante, demasiado assustada para o achar atraente.

Era óbvio, mediante o sorriso aprovador de Paula, que esta também o tinha achado muito charmoso.

– É só aparência – retorquiu, sentindo que começava a recuperar lentamente as suas forças. – Por trás dos maneirismos de cavalheiro, ele não passa de um monstro!

– Ele pareceu muito interessado em si! – provocou Paula.

– Homens como ele não se interessam por alguém de uma classe social inferior.

Jane olhou de soslaio para as suas ajudantes, perguntando-se se teriam detetado a revolta na sua voz. Não queria que começassem a fazer perguntas. Levantou-se e voltou para perto do lava-louças.

– Já podem ir – acrescentou depressa. – Eu terminarei sozinha.

Ela esperava que, enquanto lavava os pratos e arrumava a cozinha, conseguisse convencer-se de que tudo tinha voltado ao normal, esquecer que aquele encontro acontecera. Podia fazer de conta que fora apenas mais um pesadelo. Não havia motivos para temer que aquilo se repetisse. Gabriel Vaughan tinha entrado uma vez na sua vida e não iria fazê-lo novamente…

Já estava tudo limpo e arrumado, e o último convidado já se tinha despedido, quando Felicity entrou outra vez na cozinha. Parecia tão radiante e feliz que Jane não teve coragem de destruir as suas esperanças. Sabia que em breve Felicity descobriria por si mesma toda a verdade. Depois da reunião de Gabriel com Richard Warner, na manhã seguinte, não teriam mais ilusões quanto ao caráter daquele homem.

– Não tenho palavras para lhe agradecer, Jane. Não sei o que seria de nós se não estivesse aqui connosco esta noite – a felicidade na expressão de Felicity não escondia o seu cansaço, resultado de semanas de stress e ansiedade.

– Está a exagerar, Felicity – Jane sorriu. – Com certeza que se sairia muito bem sozinha.

– Não estou tão certa disso – bocejou, demonstrando a sua fadiga. – Vou subir para me deitar. Richard está a recolher os últimos copos. Mas, por favor, não se preocupe em lavá-los. Já fez muito mais do que devia e deve estar exausta.

Ela parou à porta da cozinha e virou-se.

– Aliás, não foi só a sua comida que fez sucesso esta noite, sabia? – acrescentou. – Você também. Gabriel ficou muito interessado em si.

Jane esforçou-se para falar com serenidade.

– Interessado, como?

– Interessado, ora! – Felicity deu um risinho maroto. – Não ficarei nem um pouco surpreendida se se reencontrarem um dia destes.

Jane respirou fundo antes de perguntar, tentando parecer indiferente, embora os seus nervos ameaçassem explodir:

– Porque pensa isso?

– Bem, ele… Ah, querido, desculpa! – Felicity afastou-se para dar passagem ao seu marido, que trazia uma bandeja com copos vazios. – Eu estava a dizer a Jane que tenho a certeza de que ela e Gabriel irão encontrar-se novamente.

Alguma coisa no tom de voz de Felicity despertou em Jane a suspeita de que ela estava a arquitetar um plano mirabolante.

Richard lançou um sorriso afetuoso na direção da sua esposa. Aparentava ter pouco mais de trinta anos, era alto, loiro, parecido com Robert Redford. Combinava perfeitamente com Felicity, tão bonita e cheia de vida.

– Para de te armares em cupido, meu amor! – repreendeu-a ele carinhosamente, percebendo as intenções da esposa. – Jane e Gabriel já são bem crescidos para se entenderem sozinhos. Se quiserem, é claro.

– Eu só estou a dar um empurrãozinho – defendeu-se Felicity, bocejando mais uma vez.

– Já devias estar deitada, meu amor – advertiu Richard, parecendo preocupado com a aparência cansada de Felicity.

– Está bem – concordou ela, virando-se em seguida para Jane. – Mais uma vez, Jane, obrigada por preparar este jantar, assim tão em cima da hora. Foi maravilhosa!

– O prazer foi todo meu – respondeu ela. – Mas não posso controlar a minha curiosidade em saber por que motivo tem tanta certeza de que eu e o senhor Vaughan iremos encontrar-nos novamente – insistiu, tentando descobrir algo mais.

– Porque, antes de se ir embora, ele pediu-nos o seu cartão, querida. Disse que gostou tanto do seu trabalho que não hesitará em contactá-la para preparar o próximo jantar que der em sua casa. Mas fiquei com a impressão de que ele irá ligar-lhe muito antes disso! Em breve, querida, muito em breve!

A simpática ruiva desejou boa-noite ao marido com um beijo e subiu para o andar superior da casa.

– Felicity não merecia passar por tudo o que tem passado. Principalmente neste início de gravidez – lamentou Richard, observando a sua mulher a afastar-se.

Jane ficara paralisada desde que ouvira Felicity a dizer que tinha entregado o seu cartão a Gabriel, mas, de súbito, caminhou em direção ao seu casaco e vestiu-o rapidamente.

– Eu não sabia que Felicity estava grávida – disse calmamente.

Tinha a certeza de que aquele casal tão amoroso estava encantado com a perspetiva de ter um bebé, mas ao mesmo tempo deviam estar bastante preocupados por a gravidez ocorrer justamente num momento tão complicado no que se referia aos negócios de Richard.

– Há algum tempo que Felicity sonha em dar-me um filho para prosseguir com os nossos negócios. Porém, agora, nem sequer temos a certeza se haverá algum negócio que ele possa assumir quando crescer. Também tenho de lhe agradecer por tudo o que fez por nós esta noite, embora deva confessar que, ao contrário da minha esposa, não acredito que um jantar, por melhor que seja, convença Gabriel Vaughan a ajudar-nos.

Jane percebeu uma ponta de amargura na voz de Richard.

– Bem, eu tenho de ir andando, agora… mas estarei a torcer por vocês! – disse Jane, tentando encorajar Richard, mostrando-lhe os seus dedos cruzados, antes de se virar e sair.

Enquanto caminhava em direção à sua carrinha, estacionada a poucos metros da casa, não conseguia parar de pensar em Gabriel com o seu cartão e o número do seu telefone. Será que ele a reconhecera?

O que mais poderia correr mal naquela noite?

Jane descobriu a resposta poucos minutos depois, quando não conseguiu que o motor do carro pegasse.