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Editado por Harlequin Ibérica.

Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2004 Robyn Donald

© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

Guerra de amor, n.º 848 - Janeiro 2016

Título original: By Royal Command

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em português em 2005

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-7897-6

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Prólogo

Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3

Capítulo 4

Capítulo 5

Capítulo 6

Capítulo 7

Capítulo 8

Capítulo 9

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Se gostou deste livro…

Prólogo

 

Guy Bagaton ficou arrepiado, terminou de contar uma piada ao barman e levantou-se para olhar para a areia branca.

Uma mulher aproximava-se do bar. O sol do Pacífico reflectia-se no seu cabelo enquanto emergia de entre as palmeiras. Guy admirou, escondido atrás dos painéis do bar, o modo como o seu pareo vermelho deixava a descoberto uns ombros branquíssimos. Nela, aquela peça de roupa parecia extremamente sofisticada, sobretudo combinada com umas sandálias que enfatizavam as suas pernas longas e elegantes. Mesmo assim, Guy tinha a certeza de que aquela mulher não fora ao complexo para se deitar ao sol. Apesar do pareo e do seu movimento de ancas erótico, caminhava com decisão.

– Quem é aquela? – perguntou Guy ao barman, com interesse.

– É a menina Lauren Porter. Chegou no avião que veio de Atu há algumas horas. Vai ficar aqui duas noites.

– Estou a ver – disse Guy sem expressão alguma.

Quando o director telefonara a Guy, há uma hora, zangado porque a sua nova hóspede declarara a sua intenção de visitar uma aldeia na montanha, o nome tinha-lhe sido familiar. Não demorara muito tempo a recordar onde o ouvira. De uma conversa, há alguns meses, com uma das suas primas, uma velha princesa bávara que tinha um olfacto especial para os mexericos e um bom olho para os homens bonitos.

– Vi que estava a falar com Marc Corbett e a sua encantadora esposa – disse a sua prima, depois de um dos seus famosos jantares. – Pergunto-me se Paige sabe que ele tem uma amante inglesa.

– Duvido – disse Guy secamente. Paige Corbett parecia muito apaixonada pelo seu marido, um magnata com diversos interesses e uma tendência para os acordos honestos.

– Poucas pessoas o sabem. São muito discretos e nunca se vêem juntos mas, claro, as pessoas comentam, há sempre alguém que sabe. É uma tal menina Lauren Porter, que tem as pernas longas, é bonita e inglesa. Trabalha na sua empresa. Muito esperta, conforme ouvi dizer. Esteve com ele durante anos.

Guy levantou as sobrancelhas mas não disse nada.

A sua prima assentiu com a cabeça.

– E agora não o suportas. Mesmo quando eras criança, sempre tiveste um sentido de honra rigoroso. Eu gosto disso num homem. É pouco comum.

Dirigiu-lhe um olhar cínico, mas o seu respeito para com Marc Corbett diminuíra. Quando Guy fazia uma promessa, cumpria-a.

Agora, entreabrindo os olhos por causa do sol tropical, observava Lauren Porter a aproximar-se do bar. Todos os preparativos da sua viagem tinham sido feitos pela organização Corbett, portanto, devia ser a mesma mulher.

Que raios fazia ali?

Quando se aproximou o suficiente para que pudesse ver-lhe a cara, Guy pestanejou, surpreendido. Era como uma feiticeira. Sem dúvida manteria Marc Corbett bem preso. Pele como a seda, uns olhos grandes cinzentos, tão claros que brilhavam como dois cristais, e uma boca tão quente que poderia incendiar o planeta. Isso, juntamente com um corpo que dava um novo significado às palavras «química sexual». Lauren Porter tinha todos os atributos necessários para ser uma amante.

Por que planearia visitar uma aldeia pequena e pobre nas montanhas? Teria que ser por causa de negócios, e seria alguma coisa relacionada com Marc Corbett, que estava metido em todo o tipo de sectores industriais.

Ignorando a excitação provocada pela luxúria que sentia por todo o corpo, Guy franziu o sobrolho e observou-a a atravessar o bar e desaparecer na zona da recepção. Seria melhor ir descobrir o que pretendia.

Não deveria ser difícil persuadi-la a não abandonar o complexo. As mulheres que pareciam tiradas de uma revista de moda assustavam-se com facilidade. Mencionar-lhe-ia que as baratas da montanha eram enormes, e continuaria com uma alusão às sanguessugas. De certeza que mudaria de opinião.

No entanto, embora sorrisse maliciosamente, aquela sensação de desconforto, de perigo iminente, percorreu o seu corpo. Embora não tivesse informação para contrastar, os seus pressentimentos tinham estado correctos em várias ocasiões para os ignorar. Algumas vezes, tinham-lhe salvado a vida.

Deveria ter o seu telemóvel consigo em vez de o ter deixado no escritório antes de ir para o complexo.

– Então, não ouviste nada sobre nenhum problema? – perguntou ao barman.

– Comentam-se coisas – respondeu o barman, encolhendo os ombros. – Mas em Santa Rosa falamos muito.

– Sentar-se ao fresco, beber rum com água e mexericar – respondeu Guy. – Muito bem, esquece que o perguntei.

O barman estava a abrilhantar os copos. Parou e olhou para Guy com preocupação.

– O que é que ouviu?

– Nada – disse-lhe Guy. – Absolutamente nada, mas tu já me conheces. Eu também gosto de mexericar.

– Guerra – comentou o barman enquanto limpava outro copo. – Tínhamos a esperança de que tivesse terminado, mas desde que aquele pregador começou a falar que John Frumm ia trazer comida, bebida, cigarros e todas as coisas boas da América, as pessoas começaram a ficar nervosas.

– Eu sei. Mantém os olhos e os ouvidos abertos, está bem? – perguntou Guy, e apontou com a cabeça para a zona da recepção. – Acho que vou conhecer a menina Porter.

Quando a convencesse de que a sua viagem às montanhas não era viável, falaria com a recepcionista. Vinha de uma aldeia perto da fronteira, portanto talvez tivesse ouvido alguma coisa que pudesse explicar aquela sensação de alerta que percorria o seu corpo como um dedo gelado.

– A menina Porter é linda, mas esquálida. Não sei por que os europeus gostam das mulheres esquálidas! – exclamou o barman. – É simpática! Sorri quando lhe levamos as malas.

Mas não estava a sorrir quando Guy parou na porta de entrada do hotel. Ela estava a falar tão intensamente que não se apercebeu da sua chegada.

Recordando um conto que a sua ama inglesa lhe contara uma vez, Guy pensou:

«Cabelo negro como o carvão, pele branca como a neve, lábios vermelhos como as rosas.»

De perto não era bonita, mas tinha uma boca que incitava a sonhos eróticos. Quem queria saber? O seu corpo certamente não. Estava completamente alerta.

Mas, apesar daquela boca e dos seus seios pequenos mas firmes, e da sua cintura magra sob o pareo, Lauren Porter era tudo aprumo e controlo, embora não estivesse a conseguir o que queria.

Guy decidiu que estava na hora de falar das baratas, e entrou para o hall.