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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2010 Lucy Monroe. Todos os direitos reservados.

UMA ILHA PARA A SEDUÇÃO, N.º 1275 - Setembro 2012

Título original: The Greekís Pregnant Lover

Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

Publicado em portugués em 2010

 

Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados.

Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.

Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.

™ ®, Harlequin, logotipo Harlequin e Sabrina são marcas registadas por Harlequin Books S.A.

® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.

As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-0651-1

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Prólogo

 

Zephyr Nikos contemplou o porto de Seattle, recordando a sua chegada ali com Neo Stamos, uma década antes. As coisas eram muito diferentes então. Tudo o que possuía cabia no saco de lona que tinha. Ainda guardava esse saco no fundo do seu armário, atrás dos fatos de marca. Era uma pequena lembrança do lugar de onde vinha e para o qual nunca mais voltaria.

Tinham a certeza de que aquele era o lugar onde deveriam começar a sua nova vida, que os manteria afastados das ruas de Atenas. E tinham razão.

Dois rapazes gregos de classe baixa tinham erguido um império avaliado em milhares de milhões de dólares. Jantavam nos melhores restaurantes, viajavam em aviões privados e relacionavam-se com as pessoas mais ricas e poderosas do mundo. Tinham cumprido os seus sonhos. E Neo apaixonara-se e casara-se.

Embora todos o considerassem de trato mais agradável do que Neo, não o tinha surpreendido que Neo tivesse encontrado primeiro a bênção da vida doméstica. De facto, não tinha a certeza de que fosse encontrá-la alguma vez, antes pelo contrário. Talvez um dia se casasse, mas seria apenas mais um negócio.

Tinha aprendido cedo que um sorriso era uma máscara mais eficaz do que uma cara inexpressiva, mas era só isso... uma máscara.

O seu coração tinha-se tornado de pedra há muito tempo, embora guardasse tão bem esse segredo como todos os outros. Segredos que nunca veriam a luz do dia.

Nem sequer Neo conhecia a verdade sobre o seu passado doloroso. O seu amigo e sócio achava que tinha tido uma infância semelhante à dele antes de se terem conhecido no orfanato. Neo não conseguia imaginar nada pior do que a infância dele e Zephyr queria que continuasse a pensar assim. A dor e a vergonha do seu passado não tinham lugar na nova vida que ele mesmo criara.

Neo tinha odiado o orfanato. No entanto, depois de Zephyr ter aceitado que a sua mãe não iria buscá-lo, o orfanato tinha sido o primeiro passo para esquecer uma vida da qual queria afastar-se. O seu pai não se tinha importado de vender os «favores» da sua mãe, juntamente com os de outras mulheres que «trabalhavam» para ele num negócio que acrescia aos rendimentos do olival familiar. E o filho ilegítimo, resultado de «partilhar a mercadoria», não tinha nenhum interesse para ele.

Quando a sua mãe o tinha deixado no orfanato, para poder levar uma vida longe do bordel do seu pai, ao princípio, ingénuo, tinha pensado que iria buscá-lo. Sentira a falta dela, chorara e rezara para que voltasse. Algumas semanas depois, tinha sido assim. De visita. Por muito que ele tivesse chorado para que o levasse com ela, voltara a partir sem ele.

Custara-lhe algumas visitas, mas, por fim, dera-se conta de que já não fazia parte da vida da sua mãe. E ela tinha deixado de fazer parte da dele. O que, para uma criança pequena, tinha sido como uma libertação de ser filho de uma fulana. Um órfão, ao fim e ao cabo, não tinha passado.

Tinha aprendido a esconder o seu. De toda a gente.

Teria ficado no orfanato até que acabasse a escola, mas o monstro cujo sangue corria pelas suas veias tinha decidido que um filho ilegítimo era melhor do que nenhum filho. E tinha tido de fugir. O seu melhor amigo fora com ele e tinham vivido nas ruas de Atenas até terem tido idade para entrar num barco mercante. Facto que Neo considerava o primeiro passo para uma nova vida, a vida de que desfrutavam naquele momento. Mas Zephyr sabia que a sua longa viagem tinha começado muito antes.

A verdade era que, por muito duro que Neo parecesse, por dentro, Zephyr era de mármore.